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Metade da população terá sobrepeso ou estará obesa em 2035, projeta pesquisa

(Foto: Anahi Zurutuza)
O número de pessoas com sobrepeso e obesidade tem aumentado no Brasil e no mundo, conforme apontam os dados do Atlas Mundial da Obesidade 2024 (World Obesity Atlas), da Federação Mundial da Obesidade (World Obesity Federation – WOF), publicado nesta semana. A pesquisa destaca que no país, se as tendências atuais forem mantidas, metade das crianças, adolescentes e jovens, com idades entre 5 e 19 anos, terão IMC (Índice de Massa Corporal) alto em 2035.

Os dados do Atlas Mundial da Obesidade indicam ainda que, no Brasil, o crescimento anual de adultos com IMC alto é de 1,9% entre 2020 e 2035. Entre as crianças, esse aumento é de 1,8% ao ano.

Em relação a Campo Grande, o Vigitel (Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde, informa que, em 2023, cerca de 27% dos adultos da Capital tinham obesidade. O índice aumentou em comparação a 2006, quando era de 13%, ano em que a pesquisa começou a ser realizada.

O levantamento também aponta que 62,8% dos adultos de Campo Grande estavam com sobrepeso em 2023, um aumento significativo em relação a 2006, quando o percentual era de 43,4%.

O estudo internacional informa que o IMC elevado está associado a doenças como pressão arterial elevada, hiperglicemia e colesterol HDL baixo, tornando-as mais propensas a desenvolver diabetes, doenças cardíacas e AVCs na vida adulta.

A nutricionista Milena Melo destaca que o excesso de peso cada vez mais cedo impacta diretamente a qualidade de vida infantil. A profissional ressalta que, além de diabetes, doenças cardíacas e AVCs, a obesidade pode aumentar o risco de hipertensão e alguns tipos de câncer.

O grande perigo dessas doenças é que, na maioria das vezes, são silenciosas e sem sintomas aparentes no início, mas podem comprometer seriamente a qualidade de vida. “Vários fatores contribuem para o aumento do excesso de peso, especialmente no mundo moderno. O estresse diário, a redução da atividade física e o aumento do consumo de alimentos calóricos têm grande impacto. Além disso, fatores genéticos e psicológicos também desempenham um papel importante nesse processo”, comenta Milena.

Entre os alimentos hipercalóricos que elevam o risco de diabetes estão os ultraprocessados, que, segundo a nutricionista, estão substituindo cada vez mais a comida natural. Esse hábito, aliado à falta de tempo para preparar refeições saudáveis, agrava o problema de saúde pública.

Para melhorar a alimentação no dia a dia, a nutricionista recomenda priorizar alimentos naturais e reduzir o consumo de processados e ultraprocessados. Ler os rótulos também faz diferença. “Quanto menos ingredientes tiver um produto, melhor ele será”, pontua Milena.

“Além disso, é fundamental beber bastante água, cerca de 35 ml por quilo de peso corporal, praticar atividades físicas pelo menos três vezes por semana e, principalmente, organizar a rotina alimentar em um dia com mais tempo. Isso ajuda a fazer escolhas mais saudáveis e evita depender da correria do dia a dia”, aconselha a nutricionista.

Para calcular o IMC, o Ministério da Saúde orienta dividir o peso (em quilos) pela altura ao quadrado (em metros). Se o resultado for menor que 18,50, a classificação é abaixo do peso; entre 25 e 29,99, a pessoa está com sobrepeso; de 30,00 a 34,99, obesidade grau I; de 35 a 39,99, obesidade grau II; e acima de 40,00, obesidade grau III.

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Por Ketlen Gomes/Campo Grande News.

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