Com 20 casos confirmados este ano em MS, mpox exige atenção para prevenção e tratamento
O registro de casos de mpox em Mato Grosso do Sul tem gerado atenção das autoridades em saúde. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, o estado registrou 20 casos da doença em 2024, apresentando uma taxa de incidência de 0,7 por 100.000 habitantes.
Em contraste, em 2023, houve apenas um caso registrado, com taxa de incidência não calculável. Em 2022, o cenário foi significativamente diferente, com 159 casos e uma taxa de 5,6 por 100.000 habitantes. Nesta semana, a A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu alerta global e convocou seu comitê de emergência para reavaliar o cenário de mpox no mundo. A reunião está prevista para o próximo dia 22.
O médico infectologista Maurício Pompilio, explica que “esta é uma infecção causada por um vírus que pode se manifestar através de febre, mal-estar, dor de cabeça, dor no corpo, mas principalmente lesões de pele e mucosas”. As manifestações incluem pápulas que evoluem rapidamente para vesículas cheias de líquido, que podem ser transparentes ou amareladas, formando crostas até que cicatrizem completamente.
O infectologista destaca ainda que “as lesões ocorrem em diversas partes do corpo, geralmente afetando o rosto, tronco, membros e genitais, e podem ser muito dolorosas”. A transmissão da infecção ocorre principalmente por contato direto com as lesões, que podem contaminar mãos e objetos, além de secreções respiratórias.
Ele enfatiza a importância de procurar atendimento médico: “Toda pessoa que apresentar os sinais e sintomas da doença deve buscar o serviço de saúde para um diagnóstico adequado e orientações sobre tratamento. Não existe um remédio específico, mas existem formas de aliviar a dor e melhorar as lesões”. Outra recomendação importante é o isolamento de pessoas que apresentam alta suspeita de contágio, considerando a transmissibilidade da doença.
Embora exista uma vacina contra o mpox, Pompilio ressalta que “ela é destinada principalmente a grupos com condições especiais, como pacientes com imunodeficiência, HIV, câncer, ou que utilizam medicamentos que afetam a imunidade”.
Adicionalmente, medidas de prevenção como o uso de máscaras descartáveis e a boa higiene das mãos com água e sabão ou álcool gel são fundamentais para reduzir a transmissão do vírus. “Vamos nos cuidar e não deixem de procurar um médico em caso de suspeita”, conclui o especialista.
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Matéria: Dourados News.