Irmãs de Itaporã transformam pomar de goiabas em sucesso e conquistam novos mercados

Foto: Afrânio Pissini

O pomar de goiabas de 2,5 hectares de Maria Pereira Alves Costa, localizado na zona rural de Itaporã, é a principal fonte de renda de sua família e de sua irmã, Marlucia. Desde 1992, Maria vive com o marido e o filho em uma chácara de 12 hectares na Gleba Santa Terezinha, onde também cria galinhas e cultiva mandioca, milho e hortaliças para o consumo familiar. Porém, é o pomar com 800 pés de goiaba que garante o sustento das duas famílias.

A marca Doce Conquista, criada por Maria e Marlucia, é conhecida na região de Itaporã e Dourados pela produção artesanal de goiabada cascão, geleias e molhos, além de produtos como catchup de goiaba e polpa de frutas congeladas. Agora, os produtos também estão disponíveis para os moradores de Campo Grande, expostos na 31ª Feira de Produtos para Supermercados, Mercearias e Conveniências, a SuperAmas 2024.

Maria Pereira participou da abertura da feira no Bosque Expo, em Campo Grande, onde ofereceu amostras da famosa goiabada cascão ao governador Eduardo Riedel. “Todo mundo gosta, tem pouco açúcar, aparece bem o gosto da fruta”, disse, orgulhosa da qualidade do produto.

O sucesso do pomar se deve, em parte, à escolha da variedade de goiaba cultivada, a Pedro Sato 2023, que rende frutas grandes, polpudas e ideais tanto para o consumo quanto para a produção de doces. Embora as condições climáticas tenham prejudicado as safras recentes, a chácara já chegou a produzir 50 toneladas de goiabas em um único ano, e Maria acredita que a produtividade aumentará com a regularização das chuvas.

Para Maria, viver do sítio é perfeitamente possível. “As pessoas reclamam que não dá pra viver do sítio, desistem logo. Mas dá, sim. A gente cria uma galinha, um porquinho, tem outras plantações. E a goiaba garante o ganho”, afirma. A agroindústria familiar também processa polpas de frutas como maracujá, acerola e abacaxi, que são distribuídas para a região e programas governamentais como o PAA e o PNAE.

Mesmo com o trabalho intenso, Maria destaca que a vida no campo é gratificante, mas exige dedicação. “Enquanto no domingo é dia santo de feriado para todo mundo, na chácara Doce Conquista é dia de colher goiabas, porque o transportador chega cedo no dia seguinte e as frutas têm que estar todas limpas e embaladas”, comenta.

A SuperAmas 2024, que segue até o dia 12 de setembro, conta com mais de 50 expositores e oferece oportunidades de negócios que podem superar R$ 50 milhões, segundo os organizadores.

Matéria: OSM/João Paulo Ferreira.

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